Você sabe o que é a Síndrome do Impostor? Conhecida também por “pessimismo defensivo”, ela se caracteriza como uma desordem psicológica que — embora não seja classificada como um transtorno mental — vem sendo bastante estudada.
O seu desenvolvimento é possível em qualquer estágio da vida, mas é bastante comum em indivíduos que ocupam posições competitivas, em um cenário profissional em que constantemente se veem sob avaliação. Ou seja, tanto líderes quanto os próprios liderados podem, em algum momento, começar a apresentar os sintomas mais comuns, que, via de regra, são os mesmos manifestados em transtornos de ansiedade, em quadros clínicos de depressão e em casos de baixa autoestima, por exemplo.
No entanto, tão — ou mais — essencial quanto identificar a condição é buscar meios de combatê-la, visando ao bem-estar de todos os integrantes que compõem o quadro de pessoal, o que, consequentemente, reverbera no desempenho da empresa como um todo.
Pensando nisso, nós elaboramos este post em que vamos explicar não somente o quanto o surgimento da síndrome pode ser prejudicial também para as organizações, mas como é possível auxiliar os seus profissionais a superarem esse problema. Vamos lá!
De que forma a Síndrome do Impostor pode ser prejudicial no contexto empresarial?
Segundo estudos liderados por Basima Tewfik, pesquisadora e professora premiada na Sloan School of Management do MIT, acerca da conduta dos “impostores”, um dos aspectos negativos para a empresa é o fato de que os trabalhadores acometidos pela condição podem se tornar debilitados.
Além disso, como um meio de tentar compensar a insegurança que sentem em relação aos próprios resultados, existe uma grande tendência de que se tornem mais sensíveis tanto aos demais colegas de trabalho em seu entorno quanto ao próprio ambiente à sua volta. Nesse contexto, ainda que o indivíduo disponha de todas as competências técnicas e seja altamente qualificado para o desempenho das suas atribuições, ele acredita não merecer ocupar o cargo ou desenvolve a sensação de que não “dará conta” da função.
Então, é comum que, até mesmo de modo inconsciente, ele comece a agir de acordo com as suas crenças, criando situações de autossabotagem. Tudo isso acontece porque o profissional que convive com a Síndrome do Impostor sente que não pertence àquele lugar em que está.
Como notar os sinais?
As pessoas que vêm sofrendo com a condição, geralmente, apresentam alguns dos comportamentos — ou todos — elencados a seguir.
Grande necessidade de se esforçar
O profissional com a Síndrome do Impostor tem uma autoavaliação distorcida, de modo que acredita que precisa se esforçar muito mais do que os outros. É comum que o excesso de trabalho e o perfeccionismo acabem até mesmo causando ansiedade e um alto nível de esgotamento.
Procrastinação
Outro sinal que pode ser observado é a procrastinação, que, nesse caso, é proveniente da sensação de insegurança dos profissionais em relação às tarefas que precisam ser executadas.
Autodepreciação
Mais um comportamento comum e que impede que líderes e liderados desenvolvam a confiança em si mesmos é a autodepreciação. Nesse caso, se você observar que um profissional vem desenvolvendo, por exemplo, o hábito de falar mal de si próprio regularmente, encare essa conduta como um sinal de alerta. As pessoas que convivem com a Síndrome do Impostor tendem a desgostar de suas qualidades e características a ponto de se tornarem tóxicas consigo mesmas.
Excesso de comparação com os demais
Um dos sinais mais expressivos da condição, sem dúvida alguma, é o excesso de comparação com os outros. Entre os demais, esse é quase uma “regra”: os indivíduos que sofrem com a condição, embora tenham grande facilidade de apontar características positivas em outras pessoas, nunca o fazem em relação a si mesmos.
Isso, por sua vez, acaba por colocá-los em uma “corrida” sem fim rumo a uma idealização de perfeição que não condiz com a realidade — de ninguém.
Como combater o problema?
A grande verdade é que a maior parte dos sintomas da Síndrome de Impostor podem ser exponencialmente agravados se o próprio indivíduo os cultivar. Além disso, a condição pode se desenvolver em intensidades distintas e de maneiras diferentes em cada pessoa. Por isso, o ponto de partida sempre será procurar a ajuda de um profissional especializado que não apenas terá habilitação para diagnosticar o problema, mas também poderá definir como se dará o acompanhamento.
No entanto, no papel de gestor, há algumas boas práticas que você pode aplicar no ambiente de trabalho a fim de auxiliar os integrantes do quadro de pessoal da empresa a perceberem o próprio valor e a se sentirem mais autoconfiantes. Nesse sentido, é válido:
- liderar na velocidade da confiança, ajudando os seus líderes a reconhecerem e, é claro, eliminarem eventuais lacunas que existam na organização. Assim, eles aprendem a gerir melhor eventuais mudanças e se sentirão mais aptos a estar à frente de equipes de alta performance, ágeis, colaborativas e engajadas;
- seja um mentor, assumindo o papel de alguém confiável e mais experiente com quem os demais profissionais podem contar quando precisarem de conselhos ou opiniões sinceras;
- reconheça o valor dos seus colaboradores, celebrando tanto as conquistas individuais quanto as coletivas e demonstrando que cada trabalhador — independentemente do nível hierárquico — contribui à sua maneira para o sucesso da empresa como um todo;
- jamais faça quaisquer comparações, mesmo que, por trás, haja uma boa intenção genuína de exaltar alguém como um modelo no qual os demais podem se inspirar.
Como você pôde ver, não apenas é fundamental entender o que é a Síndrome do Impostor, mas também — e principalmente — como é possível combatê-la na empresa, já que essa condição, em médio e longo prazo, pode afetar o bem-estar do seu quadro de pessoal e, consequentemente, a performance da companhia no mercado, haja vista que os colaboradores são as “engrenagens” que a mantêm em funcionamento. E então? Você deseja se tornar esse gestor capaz de impulsionar o seu time e alavancar os resultados?
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