A maior parte das corporações mantém uma estrutura formal de distribuição de cargos e de profissionais, a qual leva o nome de organograma corporativo. Sua finalidade, resumidamente, é estabelecer a hierarquização entre os níveis, segregando as funções e os grupos de trabalho — o que é importante, principalmente, para definir as posições de liderança.
No entanto, muito se fala que o líder informal (aquele colaborador no qual os demais costumam se inspirar e buscar motivação) acaba exercendo uma influência bem maior do que o formal, aquele designado oficialmente para o desempenho da atividade. Mas por que, exatamente, isso acontece? Quais são as diferenças mais marcantes entre liderança formal e informal?
Neste artigo, vamos responder às principais dúvidas relativas a essa questão. Continue a leitura e domine o tema!
O que é a liderança formal?
Na liderança formal, os profissionais que a exercem o fazem porque foram nomeados para essa posição por seus superiores, seja em razão do grande reconhecimento alcançado em meio aos seus pares, seja por conta de uma indicação externa, por exemplo. De modo formal, esses líderes são empossados da função por meio de uma promoção, da admissão ou até de um processo sucessório dentro da própria empresa.
O CEO de uma companhia é um excelente exemplo nesse sentido. Nesse contexto, a liderança formal, geralmente, fica encarregada de trabalhar a logística, ordenar os recursos corporativos disponíveis e, naturalmente, motivar os integrantes das equipes.
Deve auxiliar o time a realizar as suas atividades sempre com o seu potencial máximo. Há, nesse caso, não somente um “poder” sobre os outros colaboradores, mas também, a autoridade de discipliná-los.
O que é a liderança informal?
O líder informal, por outro lado, é um profissional que não foi designado oficialmente para dirigir os demais trabalhadores que integram o quadro pessoal da empresa, mas que, na verdade, ganhou a credibilidade e o respeito dos seus colegas. Normalmente, trata-se de um colaborador que já atua há um longo período na organização.
Ele tem amplos conhecimentos sobre a atividade desenvolvida, bem como acerca das políticas corporativas e do perfil dos executivos. Essa liderança emerge da base e, quando se mostra benéfica, pode ser, inclusive, de grande valia para o líder formal — do mesmo modo que pode ser prejudicial, caso ofusque a presença do segundo, por conta do elevado poder de persuasão que tem.
Na prática, enquanto a liderança formal deve se orientar pelas diretrizes da empresa, a informal se utiliza da sua própria percepção e da sua experiência para contextualizar as situações. Assim, a dinâmica existente na equipe é o que encorajará o líder informal a agir.
Quais são as principais diferenças entre liderança formal e informal?
Via de regra, a liderança formal está situada no nível tático. Como dito, são gestores e/ou coordenadores que foram instituídos, recebendo o título da alta gestão. Por essa razão, têm mais autonomia e liberdade para as tomadas de decisão, bem como para o gerenciamento dos colaboradores liderados.
A liderança informal já diz respeito àquelas pessoas que não gerem as demais e não ocupam posições de confiança — de modo oficial. Porém, frequentemente são procuradas pelos seus pares que, via de regra, ocupam cargos iguais ou semelhantes. Os líderes informais incentivam as pessoas próximas e têm o poder de comovê-las, tornando a equipe mais unida e coesa, e elevando o seu espírito.
Geralmente, para a escolha do profissional que exercerá a liderança formal, são criteriosamente avaliadas as skills técnicas. Elas precisam estar alinhadas àquilo que a organização entende ser fundamental para o adequado funcionamento do setor.
Nesse contexto, o líder formal não necessariamente terá mais tempo de casa do que os demais colaboradores, mas em razão do seu conjunto de características, pode receber oficialmente atribuições e poderes específicos, como:
- gestão do quadro de trabalhadores;
- gerenciamento de processos;
- análise orçamentária;
- gestão do plano de carreira do time;
- controle das despesas corporativas;
- elaboração de treinamentos etc.
O líder informal, por outro lado, ascende naturalmente em meio aos colegas. Comumente, os seus conselhos são bem recebidos pelos pares porque ele demonstra um senso de justiça elevado, defendendo abertamente os colegas, e proatividade.
Além disso, esse colaborador consegue se comunicar de modo empático e sabe escutar ativamente os demais. Com isso, evita juízos de valor e busca compreender os diversos pontos de vista, procurando encontrar soluções inovadoras, que sejam realmente eficientes para superar adversidades e desafios.
Assim, são pessoas que agem com objetividade e clareza, mostrando transparência nas suas intenções para que não haja interpretações equivocadas. Dessa forma, elas conseguem atingir os seus propósitos mais facilmente, pois se fazem entender pelos demais e buscam atuar com responsabilidade e ética, inclusive, desempenhando muito mais do que as atribuições do cargo que ocupa.
Como identificar qual delas melhor se encaixa em um ambiente?
Perante a alta competitividade do mercado, é indispensável que a empresa disponha de líderes que não somente vestem a camisa da organização, mas que também conseguem induzir os demais integrantes do quadro pessoal a fazer o mesmo. Afinal, ter uma equipe que esteja verdadeiramente engajada e comprometida com os resultados corporativos faz total diferença.
Por essa razão, a liderança formal e a informal se revelam muito úteis na estrutura de uma corporação. Nesse sentido, o que se faz necessário é evitar desavenças que gerem hostilidades, já que uma atmosfera de desunião tem o potencial de ocasionar uma ruptura em toda a cadeia de comando, fazendo com que os trabalhadores se sintam inclinados a escolher um lado.
Assim, é imperativo criar um ambiente de cooperação (e não de competição), mantendo o foco nos resultados e evitando eventuais quedas de braço. Dessa forma, as relações se manterão integradas.
Como se pôde ver, embora existam diferenças entre liderança formal e informal, ambos os tipos podem coabitar o ambiente de trabalho e atuar de maneira colaborativa para atingir os objetivos da empresa. Para tanto, é importante compreender — e valorizar — o papel que cada um dos profissionais desempenha diante dos demais colaboradores, tirando proveito das habilidades de ambos e as alinhando em prol do sucesso da corporação.
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