A transformação digital como um dos desafios de executivos para o futuro é uma discussão que há alguns anos circula pelo mundo corporativo. Porém, o entendimento sobre o que ela é, como deve ser conduzida e quais suas consequências varia muito dentro do mercado.
Que tal então, dentro dessa variação, sair na frente em busca de estratégias de ponta que aliam tecnologia, cultura e integração para colocar a empresa em uma nova era digital? Conheça mais sobre esse processo e como você pode dar início a ele. Acompanhe!
O estágio atual da transformação digital no Brasil
Falar em transformação digital no Brasil como uma coisa só é bem difícil. Quando vemos os pilares desse movimento (integração e gestão de dados, cultura de inovação, automação, aproximação de departamentos e visão de negócio) percebemos que existem inúmeros estágios diferentes tanto em investimento quanto em planejamento e execução.
Por exemplo: adquirir um ERP para a empresa é um passo fundamental, mas é a forma como ele é inserido na rotina da empresa que diz o estágio real de digitalização do negócio.
Focar em uma gestão baseada em dados também é importante, mas se não há uma reformulação metodológica na forma como são analisados e uma verdadeira sinergia entre informações de diversos departamentos, seu processo decisório ainda depende muito de feeling e apostas.
Mesmo que 84% dos executivos acreditem que a transformação digital é inevitável e impactante em seus negócios e mais da metade das empresas brasileiras invistam nisso, poucas companhias ainda se apresentam completamente transformadas.
Isso demonstra os desafios do empreendedor e gestor nessa transição corporativa, uma mudança completa que une ferramentas tecnológicas e um novo mindset de trabalho para os colaboradores. O mesmo se põe como uma oportunidade para gestores ligados na necessidade de abraçar esse novo cenário.
Quem começa um processo completo de transformação hoje irá preparar sua empresa antes da maioria do mercado para quando características de integração e gestão baseada em dados for imprescindível para a sobrevivência.
São momentos assim, em que todo o mundo corporativo precisa se readaptar, que espaços surgem para novas ideias, consolidação e reconsolidação de marcas. Tudo isso parte da sua posição, do seu comprometimento com o futuro.
Os primeiros desafios de executivos a serem atacados
O primeiro passo para um executivo que planeja essa mudança é entender os desafios que enfrentará logo no início e como é possível superá-los.
Um bom gestor não precisa ter medo ou evitar os caminhos difíceis, ele precisa planejar para trilhá-los com mais rapidez e menos riscos. Veja quais serão esses obstáculos.
Entendimento do patamar atual
Como dissemos, o cenário da transformação digital no Brasil é de muita vontade e ainda pouca consistência. Muitas empresas querem logo abraçar as novas oportunidades, mas não planejam com cuidado como devem fazer isso.
O primeiro passo é entender a situação atual do negócio: como a tecnologia já está presente, como dados são trabalhados, quais os processos precisam ser otimizados, entre outros pontos.
É dessa visão inicial que se monta o quebra-cabeças da transformação digital completo, com todas as peças bem encaixadas em um foco para inteligência de negócio e eficiência produtiva.
Valorização de dados de negócio
Nenhum ativo será tão valioso para as empresas do futuro do que seu banco de dados. Informações de negócio armazenadas digitalmente serão cada vez mais a origem de análises, discussões, identificação de problemas e oportunidades, guias estratégicos.
Por isso a transformação digital começa também com executivos dando a prioridade que esse bem valioso exige, principalmente em arquitetura de dados e, claro, segurança.
Reorganização de processos
O que esse novo cenário vem trazendo para as empresas é muita otimização na automação e simplificação de processos que antes corroíam parte da produtividade dos colaboradores.
Qualquer tarefa não otimizada pode significar um entrave para a transformação digital.
A forma de vencer esse desafio é usar a visão adquirida no primeiro item citado para aliar ideias, fluxos e tecnologias criando uma cadeia cada vez mais curta entre o início e o fim da produção do negócio – independentemente se é um produto ou um serviço.
Integração empresarial
Um dos focos dessa transformação está na integração: de dados, estratégias, ferramentas, pessoas. Muitos gestores têm dificuldade no início do processo por não entenderem exatamente o que isso significa.
Quando você for planejar uma mudança já com uma noção maior sobre o que é esse processo, perceberá como essas coisas se conectam: a comunicação instantânea entre departamentos traz insights novos para problemas antigos, a colaboração em uma plataforma integrada agiliza processos que antes atravancavam sua produtividade, uma visão mais profunda de dados que abre possibilidades de estratégias que seriam impossíveis de enxergar vinte anos atrás.
A verdadeira integração é exponencial.
A tecnologia como interface entre áreas da empresa
Mesmo que muito da transformação digital agora passe por uma mudança de ideias entre as pessoas, é inegável que a tecnologia é o centro desse processo.
Ou seja, a sua relação com a TI será muito próxima. É desse alinhamento que surgirão as soluções completas para abraçar todas as necessidades de uma empresa do futuro.
A forma como deve-se olhar para esse aspecto é simples: a tecnologia é o ambiente único a abraçar todos os setores de um negócio.
Citamos o ERP, ou sistema de gestão empresarial, que é o centro dessa estratégia: uma plataforma que centraliza a coleta e análise de dados possibilitando a interação entre indicadores de diversas fontes em uma visão de negócio mais completa.
Porém, também podemos citar outros exemplos:
- serviços de cloud computing permitem o armazenamento de volumes muito maiores de dados, necessários para Big Data;
- soluções em IA e machine learning dão à empresa um poder de análise muito maior do que a capacidade humana;
- softwares de gestão de equipes podem aproximar departamentos em projetos maiores mesmo que estejam distantes fisicamente;
- frameworks de metodologias de trabalho são capazes de criar fluxos de produtividade mais eficientes e inteligíveis.
Em todas as áreas da transformação digital, a tecnologia será a interface entre as pessoas. É nessa união que se encontra o verdadeiro sucesso no mercado do futuro.
O início de um processo de transformação digital
Dito isso, a tecnologia para muita coisa se não há humanos incentivados e engajados para utilizá-la da melhor forma. Portanto, o maior foco da transformação digital ainda está nas pessoas.
Afinal, tecnologia é algo que se adquire, mas as pessoas precisam ser inspiradas. Veja como deve ser sua atuação para dar início a esse processo.
Fazer análise das competências de diretores
Quanto maior é uma empresa, mais diversificado é o perfil de seus diretores, além de sua atuação em diferentes áreas. É preciso reconhecer dentre os líderes como eles podem contribuir para o processo.
Diretores mais proativos e interessados em inovação tecnológica devem servir como evangelizadores. São os que contribuirão para demonstrar e aplicar as soluções tecnológicas dentro de uma rotina já estabelecida.
Já aqueles mais resistentes não podem ser deixados de lado. É necessário fazer um esforço extra para torná-los aliados, apostar em seu desenvolvimento de liderança, principalmente encontrando dentro das mudanças como suas competências podem ser bem utilizadas.
Ao sentirem o efeito da transformação digital, até os mais céticos abraçam a mudança.
Garantir a aproximação de gerentes
É hora de unir todos os departamentos em um objetivo comum. A tecnologia possibilita isso. O seu trabalho é fazer a parte humana do processo e demonstrar porque a aproximação entre eles contribuirá para objetivos muito maiores do que os atuais. A ambição profissional de cada um será argumento suficiente para trabalharem em conjunto.
Tornar a análise de dados parte da rotina
Talvez o maior erro nas tentativas de transformação digitais da atualidade está nas empresas que investem em coletar, armazenar e estruturar dados, mas os sub-utilizam.
A gestão baseada em dados é vital para o futuro. Isso não é apenas responsabilidade da TI, mas todos os diretores e até os colaboradores precisam ter o hábito de usar dados para tomar decisões. Isso diminuirá as falhas, eliminará retrabalho, agilizará processos e tornará a produtividade em geral mais acertada.
Criar uma cultura digital em todos os colaboradores
Esse hábito de usar dados é parte de algo muito maior: a cultura da inovação. Essa é a ideia de que qualquer colaborador da empresa, em um ambiente integrado, pode buscar soluções disruptivas e mais eficientes para o seu trabalho e dos profissionais a sua volta.
A cultura da inovação é uma cultura do empreendedorismo. Cada funcionário é um empreendedor em potencial e deve ser incentivado a usar esse poder em favor da empresa.
A relação entre treinamentos, consultoria e transformação digital
Pense nos itens do tópico anterior. Uma coisa é clara: a tecnologia possibilita a transformação digital nas empresas, mas não a completa. Quem transforma são as pessoas.
A transformação digital completa, aquela que a maioria das empresas brasileiras ainda não conseguiu consolidar, não vem de apenas uma estratégia.
A consultoria para planejar, investir e preparar pode não criar essa integração humana que você necessita. O treinamento puro dos funcionários pode melhorar capacidades técnicas, mas sem muito ganho estratégico.
A melhor coisa a se fazer é essa aliança, atacar o futuro por todos os lados. Soluções tecnológicas integradas e o suporte para consultoria, treinamento e execução.
De todos os desafios de executivos para os próximos anos, esse é o que pode trazer mais sucesso. Mas, para isso, é preciso começar o quanto antes.
Esse texto é um guest post elaborado pelo Inteligência Corporativa, blog da Rock Content.
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