Um dos maiores desafios da liderança na crise é, justamente, estabelecer a postura correta do gestor. Segundo Alexandre Barbosa, consultor e estrategista de implementação da FranklinCovey, há uma propensão natural dos líderes de achar que a crise precisa ser resolvida por eles. Assim, tendem a isolar e proteger os colaboradores das complicações e seus efeitos ou simplesmente aumentar a pressão sobre o trabalho da equipe.
Outros pontos que o especialista destaca são o comportamento de gestores de buscar dar respostas, ser uma fonte de ideias, de querer implementar o ritmo, a cadência, para vencer a crise. Em resumo, achar que a solução das adversidades está na mente do líder e não considerar que o somatório das inteligências dos membros da equipe pode e trará soluções muito melhores.
O caminho deve ser buscar a melhor contribuição do coletivo de trabalho. O artigo de hoje vai explicar esse processo. Veja mais!
Qual é a importância da postura de um líder em tempos de crise?
Quando uma crise chega, e se inicia tempos turbulentos, espera-se que o líder esteja à frente – para realmente fazer a diferença. “Entretanto”, destaca Alexandre Barbosa, “isso não pode ser confundido com a necessidade de ser uma espécie de herói solitário, agindo por conta própria.
Esse é o momento de realmente entender que você lidera um grupo, que vocês estão nesse contexto juntos, e como equipe possuem inteligência, habilidades e experiências necessárias para superar as dificuldades”.
O consultor e estrategista enfatiza que, em tempos de crise, o líder precisa manter a calma, reunir sua equipe, descrever claramente as dificuldades e buscar a melhor contribuição de cada membro do grupo. Em vez de pressionar para resolver a o problema, use perguntas do tipo: “diante do que estamos passando, o que vocês acham que poderíamos fazer para….”. Ou seja, chame cada profissional para a colaboração.
Quais práticas de liderança funcionam para a manutenção e sucesso da empresa no mercado nesses períodos?
Barbosa oferece diversas recomendações de prática de liderança, em termos bastante práticos, durante tempos turbulentos. Veja as indicações do especialista a seguir!
1. Permaneça dentro de seu círculo de influência e ajude sua equipe a fazer o mesmo. Pense em quais são as coisas em que você pode se concentrar que estão realmente sob seu controle. Considere, também, como ajudar a si mesmo e sua equipe a não gastar tempo e energia em coisas nas quais vocês não podem atuar.
2. Comunique. Uma reação natural é comunicar menos se realmente não tivermos todas as respostas, mas, neste momento, as trocas são importantes. É preciso ampliar a comunicação para realmente ter certeza de que todos estão cientes do que está acontecendo. Se houver algo confidencial que não possa ser compartilhado com a equipe, diga isso ao grupo de trabalho para explicar porque não vai responder alguma pergunta, por exemplo, e compartilhe o que for permitido.
3. Realmente encoraje o espírito de união e o moral da equipe. O que você pode fazer para manter o espírito do grupo intacto? Mantenha reuniões 1-1. Se for remoto, certifique-se de que todos tenham uma câmera ligada para que possam ver as expressões faciais uns dos outros. Possivelmente, acrescente um café presencial/virtual na sexta-feira à tarde para o engajamento.
4. Quando as atividades estão estressantes e as pessoas podem sentir um certo nível de ansiedade, você, como líder, precisa criar momentos e espaço de calma. Aumentar a pressão só vai piorar e estressar ainda mais a equipe.
5. Este pode ser um momento brilhante para realmente procurar novas oportunidades e inovações. Explore a inteligência e genialidade da sua equipe. Procure por isso e incentive sua equipe a ser criativa neste momento de mudança.
Quais são os perfis de liderança e seus desempenhos na crise?
Na FranklinCovey, temos uma série de livros sobre liderança a respeito desses perfis, e também sobre outros temas relacionados, como a confiança na gestão. Alexandre Barbosa destaca que gosta de resumir em a liderança em dois tipos: aqueles que diminuem a inteligência e contribuição da equipe e aqueles que as multiplicam.
Os diminuidores acham que o time não pode chegar nas melhores soluções sem eles. Os multiplicadores criam espaço para a contribuição de cada membro da equipe, fazem melhores perguntas, desafiam cada vez mais o grupo, sem estressá-la e buscam a genialidade de todo integrante do coletivo. Dessa forma, o diminuidor centraliza e o multiplicador não permite que seu ego atrapalhe a melhor contribuição da equipe.
O que pode ser feito pela liderança na crise para enfrentar esse momento?
A proposta é a liderança assumir comportamentos de multiplicadora da inteligência e possível contribuição da equipe, em vez de ações que liberem uma maior inteligência de cada integrante. Para isso, é importante fazer perguntas para o coletivo encontrar as respostas, criar espaços para o time trazer ideias e questionar ao grupo de trabalho como fazer para implantar o ritmo, a cadência.
O que se pode fazer para manter a motivação e confiança dos colaboradores durante uma crise?
“Em termos práticos, respeite cada membro da equipe como indivíduo, ajudando-o a desenvolver-se sob o paradigma da pessoa completa (coração, mente, corpo, espírito). Desenvolva seu potencial, demonstre que confia nele, mantenha reuniões one on one periódicas, explique o propósito da sua contribuição” destaca Barbosa.
Ele recomenda, ainda, desenvolver o que, na FranklinCovey, é chamado de “direcionados de engajamento”: o colaborador que está inserido em um ambiente de confiança, tem seu potencial explorado, entende o propósito do próprio trabalho e sente-se reconhecido por ele.
Após concluir que o potencial de cada membro da equipe foi aplicado em sua plenitude, mas ainda não se alcançou a superação das dificuldades, pode ser uma excelente alternativa buscar uma consultoria em relação ao enfrentamento dessa crise.
A FranklinCovey pode ajudar sua organização no processo de transposição desse momento. Somos uma consultoria de mudança de comportamentos que afetam diretamente o resultado da sua corporação. Possuímos materiais que transformam líderes, promovendo a grandeza nos indivíduos e instituições. Especificamente sobre liderança na crise, temos conteúdos específicos que permitem ao gestor adotar o comportamento necessário para agir apropriadamente, durante as mudanças e momentos de dificuldade.
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