A gestão de recursos humanos é, cada vez mais, uma atividade-chave dentro de praticamente todas as empresas. Por ter que lidar com as equipes de trabalho, o departamento de RH é responsável direto pela capacitação e satisfação dos colaboradores, fatores que estão intimamente associados ao sucesso (ou não) do negócio.
O ponto a destacar, nesse cenário, é que vivemos em um ambiente de mercado em que o dinamismo das “coisas” só tende a aumentar, ampliando os desafios do setor ainda mais. Para que se possa manter uma atuação efetiva, é preciso estar alinhado às últimas práticas quanto ao recrutamento, à qualificação e às formas de se relacionar com os novos perfis de trabalhadores, por exemplo.
Do contrário, será difícil garantir o bom desempenho da organização. Por essa razão, elaboramos este artigo para apresentar as principais tendências no que diz respeito à gestão de recursos humanos.
A leitura é importante e por isso merece toda a sua atenção. Aproveite!
Foco na experiência dos empregados
A era digital está conseguindo, de forma hábil e pouco a pouco, direcionar o foco no engajamento dos empregados para a sua experiência no local de trabalho. Os líderes mundiais estão deixando de dar tanta ênfase no ecossistema central e nas suas dimensões, como cultura organizacional, envolvimento com a companhia e gerenciamento de performance.
A ênfase, diante desse novo cenário, será apontada para as seguintes questões:
- considerar o mapa de jornada dos funcionários de modo a criar condições que proporcionem uma otimização de desempenho natural e contínua;
- utilização (pelo setor de RH) de ferramentas tecnológicas para medir o bem-estar, a saúde, a produtividade e a qualidade da comunicação dos colaboradores;
- aplicação de metodologias que ajudam no suporte e na compreensão da experiência organizacional dos trabalhadores.
De acordo com uma publicação da revista Forbes, aproximadamente 70% das empresas já demonstram algum interesse na obtenção de dados da sua equipe. Uma vez que os gerentes tiverem acesso às informações dos seus colaboradores, a experiência no local de trabalho poderá ser aprimorada por que ele ajuda a prever:
- as necessidades do pessoal;
- quais são os objetivos de carreira;
- em que atmosfera gostariam de trabalhar;
- entre outros.
Implantação massiva do People Analytics
Outra tendência forte na gestão de recursos humanos é o People Anaytics (Análise de Pessoas). A implantação desse conceito está acontecendo à medida que as organizações estão percebendo a importância das análises avançadas para o sucesso do negócio.
Tratando-se do RH, os alvos de estudo se resumem aos funcionários, nos quais passarão a ser analisados com base em modelos preditivos. As maiores empresas já estão adquirindo soluções que permitem o People Analytics.
Exemplos de fornecedores incluem:
- SAP;
- ADP;
- Oracle;
- Workday;
- Visier;
- Cornerstone;
- Ultimate Software;
Os produtos da Oracle e da SAP empregam os colaboradores conforme as funções e atividades, possibilitando estudá-los profundamente. O sistema da Workday ajuda a saber quais são os “movimentos” de trabalho que não devem ser feitos para que se possa manter ou aumentar os níveis de desempenho.
O software do Cornerstone é capaz de prever quais são os funcionários que perderão seus respectivos programas de treinamento e certificação. Segundo Josh Bersin, o People Analytics deve ser baseado em três fatores principais:
- Inteligência Artificial (IA);
- Análise incorporada;
- Análise de Rede Organizacional.
Aplicação da Realidade Aumentada e da Realidade Virtual
Realidade Aumentada (RA) e Realidade Virtual (RV) também estão emergindo entre as tendências mais quentes no que corresponde à gestão de recursos humanos. Isso acontece porque ambas tecnologias são capazes de promover excelentes modelos de aprendizagem profissional e organizacional: elas fornecem processos de simulação que podem ensinar os trabalhadores a como reagir em situações reais.
O processo de recrutamento também tem a ganhar, já que a Realidade Virtual permite imergir os candidatos em circunstâncias de trabalho que envolvem o dia a dia da companhia. As possibilidades são incontáveis, ficando a critério da criatividade dos próprios recrutadores.
Para o possível futuro empregado, o uso dessa tecnologia viabiliza visitas nos espaços das empresas, tanto nos parques fabris quantos nos escritórios administrativos. Isso dá a ele uma melhor ideia do que o espera, pois além de apresentar as dependências do negócio, ela conseguirá interagir com ele.
Nesse contexto, a Realidade Aumentada vai um pouco mais adiante, pois oportunizará a realização fictícia de determinadas atividades, porém, dando a impressão de que estão sendo executadas de verdade. Para ilustrar, imagine uma montadora de automóveis que deseja testar os conhecimentos técnicos de um engenheiro de motores.
Agora pense que, como parte do teste, ela exige que o profissional desenvolva um determinado tipo de motor e o faça funcionar. Nessa conjuntura, a RA e a RV possibilitarão criar um ambiente virtual que simule a realidade, permitindo que o engenheiro crie a sua “máquina” dentro desse “campo hipotético”.
Desenvolvimento da marca empregadora
Outra tendência que merece ser destacada é o desenvolvimento da marca empregadora. Esse conceito já vem sendo disseminado e discutido dentro de boa parte das empresas, todavia, devido à alta competitividade pelos talentos do mercado, o investimento no assunto será muito maior nos próximos anos.
Em termos práticos e mais simples, uma marca empregadora é aquela que se torna um grande ímã de profissionais acima da média, não tendo que fazer muitos esforços para atraí-los e integrá-los a sua força de trabalho.
Para finalizar, é importante ter em mente que o mundo do RH está passando por consideráveis mudanças. O ano de 2018 fortaleceu apenas uma parte do que ainda está por vir. Nesse sentido, estamos falando de tecnologias como Big Data, Inteligência Artificial, Machine Learning, Business Intelligence e Business Analytics.
Todas elas já estão sendo utilizadas, porém, não por todas as organizações. Por essa razão ainda são tidas como tendências, embora muitos as consideram como realidades. Seja qual for a observação, não será possível ter uma gestão de recursos humanos eficiente sem a aplicação desses recursos.
Cabe ressaltar, também, que o setor sairá das “soluções de prateleiras” para entrar em customizações. Junto com as tecnologias, haverá a inserção de metodologias personalizadas.
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