Foco e Execução. Nessas duas palavras, nós encontramos a “simplicidade que está além da complexidade”. O foco lida com o que é mais importante, e a execução, com fazê-lo acontecer.
Os dois primeiros papeis do líder – modelar e descobrir caminhos – podem ser resumidos numa palavra: foco. Os outros dois – alinhar e fortalecer – podem ser sintetizados numa única palavra: execução. Por quê? Pensemos. Descobrir caminho é, em essência, um trabalho estratégico; é decidir quais são os objetivos mais prioritários – que valores servirão de orientação para realizar e sustentar esses objetivos. Mas isso exige tanto um claro entendimento quanto um compromisso da cultura em relação a esses objetivos. Esse compromisso se embasa na confiança, na confiabilidade e na sinergia – a essência de modelagem. Somente quando há autêntica confiabilidade pessoal e interpessoal é que a confiança se desenvolverá e a sinergia da equipe será eficaz. Essa modelagem pessoal/interpessoal envolve respeito mútuo, entendimento mútuo e cooperação criativa para gerarem um conjunto claro e engajado de objetivos prioritários. Essa confiabilidade pessoal/interpessoal se embasa, por sua vez, na lealdade aos verdadeiros valores e objetivos da pessoa – em outras palavras, ao foco e à execução pessoais.
Os outros dois papeis do líder, alinhar e fortalecer, representam a execução. Significa criar estruturas, sistemas e processos (alinhar) que intencionalmente capacitem as pessoas e as equipes a traduzir os objetivos mais amplos da organização, sua “linha de mira” ou suas prioridades principais (descobrir caminhos), no trabalho cotidiano e nos objetivos da equipe. Em resumo, as pessoas são fortalecidas para fazer seu trabalho.
O foco e a execução são inseparáveis. Em outras palavras, até que as pessoas estejam sintonizadas, elas não executarão de forma coerente. Se usarmos o modelo transacional de controle e comando da Era Industrial para obter o foco, não seremos capazes de usar o modelo transformacional de fortalecimento da era do Trabalhador do Conhecimento para obter a execução – simplesmente porque, sem envolvimento e/ou identificação, não haverá a dedicação emocional ao foco. A execução simplesmente não ocorrerá. Da mesma forma, se usarmos uma abordagem de trabalhador do conhecimento/envolvimento/fortalecimento para chegar a um foco comum, mas uma abordagem de Era Industrial/comando e controle para a execução, não seremos capazes de manter o foco porque as pessoas perceberão a falta de sinceridade e de integridade.
Por outro lado, se usarmos o modelo da Era do Conhecimento tanto para o foco (modelar, descobrir caminhos) quanto para a execução (alinhar, fortalecer), estaremos levando integridade e confiabilidade para a cultura organizacional. A organização não apenas encontrará sua voz, mas também a atenderá para servir de forma magnífica a seus objetivos e seus principais envolvidos.
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