Ao passar a procurar um entendimento mais profundo do desafio organizacional, convido você a considerar sete abalos sísmicos que caracterizam a nova Era do Conhecimento, neles, você encontrará o contexto do local de trabalho dos dias de hoje e seus desafios pessoais.
- A globalização dos mercados e das tecnologias: novas tecnologias estão transformando a maioria dos mercados locais, regionais e nacionais em mercados globais sem fronteiras.
- O surgimento da conectividade universal: em seu livro Blown to Bits (A explosão dos Bits), Evans e Wurster afirmam: “Os canais de comunicação exclusivos, estreitos, ligados fisicamente, que unem pessoas ou empresas, se tornaram obsoletos da noite para o dia. E com eles, as próprias estruturas empresariais que criaram ou exploraram esses canais também se tornaram obsoletas. Em resumo, aquilo que tradicionalmente unia todas as nossas atividades econômicas está se derretendo rapidamente sob o calor da conectividade universal. E isso irá separar, pela primeira vez na história, o fluxo da informação do fluxo das coisas. ”
- A democratização das informações/expectativas: ninguém gerencia a Internet. É uma mudança de maré de proporções globais. Pela primeira vez na história, a pura voz do espírito humano soa em milhões de conversações não editadas que se espalham sem fronteiras. A informação em tempo real conduz as expectativas e a vontade social, que em última análise conduzem a vontade política que afeta cada pessoa.
- Um aumento exponencial da concorrência: as tecnologias da Internet e dos satélites tornam qualquer pessoa conectada um concorrente em potencial. As organizações precisam desenvolver continuamente formas melhores de concorrer contra os custos mais baixos do trabalho e da matéria-prima, as inovações mais aceleradas, a maior eficiência e a qualidade mais aprimorada. As forças da livre empresa e da concorrência estão elevando a qualidade, reduzindo os custos e promovendo maior rapidez e flexibilidade a fim de realizar o trabalho que o cliente pode de rapidez e flexibilidade a fim de realizar o trabalho que o cliente pede de nós. Ninguém pode dar-se ao luxo de simplesmente comparar-se aos concorrentes ou até pensar apenas em termos de excelência; é preciso estar sintonizado com a “classe mundial”.
- A transferência da criação de riquezas do capital financeiro para o capital intelectual e social: a criação de riqueza passou do dinheiro para as pessoas do capital financeiro para a noção-síntese de capital humano (tanto intelectual quanto social) que abarca todas as dimensões. Mais de dois terços do valor agregado aos produtos provêm, nos dias de hoje, do trabalho do conhecimento; há 20 anos essa participação era de menos de um terço.
- Liberdade de ação: as pessoas estão ficando cada vez mais informadas, atentas e conscientes das opções e alternativas. O mercado de emprego está se tornando um mercado de autônomos e as pessoas percebem cada vez mais opções. Os trabalhadores do conhecimento resistirão aos esforços gerenciais para rotulá-los e cada vez mais estarão determinados a se rotular.
- Turbilhão permanente: vivemos em um ambiente que está em contínua mutação, em permanente agitação. Nesse turbilhão, cada pessoa precisa ter dentro de si algo que oriente suas decisões. Elas precisam entender independentemente os propósitos e os princípios que guiam a equipe ou organização. Se tentamos gerenciá-las, elas não nos ouvirão. O ruído, o estrondo, urgência de todos os desafios dinâmicos com que nos deparamos serão demasiado grandes.
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