Você já parou para pensar o que de fato define se uma pessoa é inteligente? Por muito tempo essa definição se baseava em parâmetros como notas, resolução de problemas e performance em metas. No entanto, com o avanço da competitividade no mercado, surgiu a teoria das inteligências múltiplas.
Essa teoria vem ganhando cada vez mais importância nas empresas, pois evidencia que a inteligência abrange diferentes áreas. Sendo assim, é preciso valorizar os diferentes tipos de inteligência desenvolvida pelos indivíduos e usá-las a favor da ascensão do negócio.
Pensando nisso, fizemos esse post para que você entenda a teoria das inteligências múltiplas, quais são as principais inteligências e como elas podem ajudar as empresas no desenvolvimento de pessoas. Acompanhe!
O que é a teoria das inteligências múltiplas?
Criada na década de 90 pelo psicólogo norte-americano Howard Gardner, a teoria das inteligências múltiplas nada mais é que um novo modelo de concepção da mente humana. Ela surgiu para potencializar o alcance do potencial humano, rompendo com os parâmetros tradicionais que estabelecem o coeficiente intelectual dos indivíduos.
Segundo essa teoria, a inteligência é um conjunto de talentos, habilidades e capacidades completamente independentes entre si. Sendo assim, a inteligência não deve ser abordada em uma só dimensão, e sim como algo que contempla diversos aspectos distintos, que se complementam e juntos atingem o melhor desempenho.
Para Gardner, as pessoas têm diferentes mentalidades e por isso desenvolvem diferentes inteligências, ou seja, cada ser humano mostra suas habilidades e aptidões de maneira única, apresentando mais ou menos competência em diferentes áreas de conhecimento. Cada competência é definida como um tipo de inteligência que o indivíduo pode desenvolver ao longo da vida.
Quais são essas inteligências?
Howard Gardner definiu primeiramente sete tipos de inteligência na teoria das inteligências múltiplas. Depois dos primeiros resultados foram incluídos mais dois tipos, totalizando nove inteligências. A seguir, apresentamos quatro delas. Acompanhe!
Inteligência física
Também conhecida como inteligência corporal-cinestésica, ela abrange tudo que está relacionado aos movimentos do corpo humano, a compreensão dele e a capacidade de levá-lo ao limite. Ela inclui a habilidade de controlar o corpo, a execução de movimentos e também a percepção de sinais que o corpo emite para nos prevenir e nos cuidar. Cirurgiões, atletas e atores são exemplos de profissionais que usam essa inteligência a seu favor.
Desenvolvê-la até um certo grau é interessante para todos os indivíduos, inclusive líderes e colaboradores, uma vez que está relacionada também ao reconhecimento dos sinais, como alimentação, descanso, respiração, cansaço, estresse. Tudo isso, quando não identificado e tratado, pode trazer grandes prejuízos para a saúde dos indivíduos, e consequentemente para a produtividade no trabalho.
Inteligência emocional
Está relacionada a emoção, autoconsciência, consciência social, gestão interpessoal e intrapessoal. Nessa área que é possível identificar como as emoções se expressam fisicamente em cada indivíduo e qual a melhor forma de gerenciá-las.
Uma pessoa com inteligência emocional bem desenvolvida consegue encontrar um equilíbrio entre as inteligências interpessoal e intrapessoal, e também possui um bom desempenho em ambas. Essa habilidade vem sendo cada vez mais valorizada, principalmente em empresas, pois gestores e colaboradores com grande equilíbrio emocional são capazes de tratar as situações com mais tranquilidade e estratégia.
Inteligência racional
É a inteligência mais conhecida, pois é a base do funcionamento da sociedade e da educação tradicional: o famoso QI. Ela expressa a habilidade de quantificar, calcular, considerar hipóteses e argumentos. Dentre os profissionais mais talentosos dessa área podemos citar matemáticos e cientistas.
Ao contrário do que muitos pensam, essa inteligência não está relacionada apenas a conhecimentos específicos de matemática, mas principalmente ao raciocínio lógico e estruturado, ao poder de analisar e resolver problemas.
Inteligência espiritual
Também conhecida como inteligência existencial, está relacionada a capacidade de articular questionamentos filosóficos, éticos e religiosos. Ela está na base do propósito de cada pessoa, é a conexão mais profunda de um indivíduo consigo mesmo e com o outro. Também está ligada às crenças de cada ser humano, em como contribuem para um mundo melhor.
As quatro inteligências apresentadas formam a base para o conceito que originou o livro “7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes“, de Stephen Covey. Esse livro é muito recomendado para quem quer aprofundar ainda mais no assunto, desenvolver suas habilidades e descobrir dicas valiosas para aumentar a produtividade pessoal ou até mesmo de uma empresa.
Como elas podem ajudar as empresas no desenvolvimento de pessoas?
A teoria das inteligências múltiplas é muito valiosa para a educação corporativa e pode gerar grandes resultados para o negócio. Isso porque reconhecer as habilidades de cada indivíduo é o primeiro passo para criar estratégias que potencializam a sua atuação e desempenho.
Entre essas estratégias estão o direcionamento das atividades e a personalização de aprendizado de acordo com as aptidões de cada colaborador. Cada pessoa é única, tem diferentes histórias de vida, personalidades e limitações, por isso expandir o desempenho a diversos modelos e trilhas de aprendizagem pode ampliar a capacidade dos colaboradores de demonstrar novas habilidades.
Tudo isso traz diversos benefícios para o dia a dia de qualquer empresa, pois além de criar um ambiente mais agradável e colaborativo, também aumenta a produtividade e a motivação da equipe, melhora a comunicação interna, potencializa os resultados, contribui muito para implementação de melhorias constantes e consequentemente para o sucesso do negócio.
Como foi possível perceber, a teoria das inteligências múltiplas evidencia que o ser humano pode desenvolver diferentes habilidades, aptidões e talentos ao longo da vida e nos mostra que a competência em uma determinada área de conhecimento não pode ser desconsiderada pela dificuldade em outra.
Sendo assim, é possível compreender as inteligências de cada indivíduo e usá-las a favor de uma organização, construindo um ambiente que esteja a favor do desenvolvimento de cada colaborador. Isso traz diversas vantagens para o negócio, como melhor comunicação interna, maior produtividade, redução de erros e custos, aumento do desempenho.
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